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Primeiros cuidados com o gato adotado

Por: Adote Petz | 21/01/2022

Primeiros cuidados com o gato adotado

Longe de ser trivial, o amor que nos leva a adotar um novo amigo não deve se restringir à disposição para dar carinho ao pet. Ele também é essencial para que busquemos compreender as necessidades da espécie, etapa fundamental para dar ao gato adotado mais longevidade e qualidade de vida. 

 Gato adotado

Afinal, como é esperado dadas as diferenças entre nós e os felinos, o que é positivo para humanos não é igualmente adequado para gatos adotados. A seguir, explicamos melhor quais são algumas dessas necessidades e quais são os recursos indispensáveis para atendê-las dentro de casa.

A importância do território para os gatos

Diversos mitos pejorativos sobre os bichanos têm a ver com essa característica intrínseca à espécie: por natureza, os gatos são animais altamente territorialistas. Daí o apego que sentem pela casa e a dificuldade que eles têm para se adaptar em caso de mudança de lar, especialmente quando esta é feita de maneira inadequada. 

Isso ocorre pois, para os gatos, é muito importante ter o controle do ambiente, motivo pelo qual eles não se adaptam a mudanças constantes. Por isso a necessidade de ficarem em locais mais elevados, de onde podem ter uma vista privilegiada do que ambiente ao seu redor. 

Também nesse sentido, o reconhecimento de seus próprios odores no ambiente é fundamental para que pet se sinta mais tranquilo. Informar-se a respeito dessa característica dos bichanos auxilia na adaptação do gato adotado. 

Afinal, assim fica mais fácil entender por que alguns pets podem se mostrar reservados ou ariscos quando chegam em sua casa. A boa notícia é que é possível adotar algumas medidas a fim de facilitar o processo de adoção de gatos filhotes e adultos

Fofinhos, sim…e grandes caçadores também!

Outra caraterística que chama a atenção nos bichanos e que deve ser levada em conta é o fato de que eles gostam muito de caçar. Nesse sentido, basta observar como eles perseguem com afinco insetos e outros animais. 

Mais do que um entretenimento, a atividade faz parte do instinto da espécie, de modo que ela deve ser estimulada dentro de casa. Afinal, o organismo dos felinos é adaptado para isso.

A impossibilidade de exercer comportamentos naturais ligados à caça pode deixar o bichinho estressado. E se você não sabe como é cuidar de um gato filhote ou adulto com estresse, damos algumas dicas: é um processo que envolve muitos silvos e móveis arranhados. 

Vale lembrar, ainda, que estudos recentes sugerem uma relação entre o estresse e o desenvolvimento de doenças renais. Por isso, é fundamental investir em brinquedos que simulem presas e etapas da caça, além de proporcionar enriquecimento ambiental

Gato adotado

Adaptação do gato adotado e recursos essenciais

Agora que você conhece os bichanos um pouco melhor, é hora de entender como aplicar esses conhecimentos e quais cuidados com gatos devem ser tomados. Assim, seu novo amigo terá uma adaptação muito mais tranquila. 

Começando pela questão do território: antes mesmo de levar o bichano para casa é recomendado fazer a “gatificação” do ambiente. Para além da colocação de redes de proteção em janelas e sacadas (medida essencial para a segurança do bichano) você também deve adquirir os seguintes acessórios:

  • Caixa de areia: é essencial pois permite a realização da complexa sequência comportamental de eliminação dos gatos, que escondem por instinto seus dejetos. O ideal é que cada gato adotado tenha 2 bandejas higiênicas disponíveis. Devem ser espaçosas e colocadas em local tranquilo, de fácil acesso e distante dos locais onde o gato come, bebe água e descansa. 

 

  • Bebedouro: uma vez que os gatos não possuem um sistema neural da sede, é importante que o bebedouro torne a água mais atraente para o pet. Um exemplo é o movimento feito pela água nos bebedouros do tipo fonte. Este acessório deve ser higienizado diariamente já que odores fortes serão aversivos para o bichano.

 

  • Comedouro: para além do tipo tradicional, também é recomendado apostar em comedouros-brinquedos que estimulam o forragear, isto é, a busca por alimentos por meio do faro. Os do tipo bola, que se movimentam, são especialmente indicados para estimular a atividade física.

 

  • Tocas, caixas e túneis: são fundamentais para que o gato tenha onde se refugiar, sentindo-se mais seguro. Para isso, escolha um modelo em tamanho proporcional ao tamanho do bichano e posicione o acessório sempre acima do chão.

 

  • Arranhadores: servem para dar vazão ao comportamento natural dos gatos de arranhar, sendo fundamental para o alívio de estresse e principalmente para a demarcação territorial. Por isso, a recomendação é colocá-los em áreas de transição, como em divisas de cômodos. Outra dica importante é colocá-los sempre entre 40 cm a 50 cm acima do chão. 

 

  • Brinquedos que simulem presas e/ou estimulem a caça: varinhas curtas, ratinhos e bolinhas são recursos que estimulam o pet a espreitar, perseguir e apreender as “presas”. Vale destacar que a maneira como os brinquedos são utilizados é de fundamental importância para que deem vazão a certos comportamentos naturais da espécie. A varinha curta, por exemplo, só faz sentido na interação com o tutor. 

Lembrando que tão importante quanto a disponibilidade dos recursos é sua disposição setorizada e descentralizada no ambiente. Ou seja, não adianta colocar tudo num cantinho da lavanderia. É preciso dispersar esses recursos de acordo com o que faz sentido para a espécie. 

Gato adotado

Esperamos que, com nossas dicas, seja muito mais simples oferecer todo o conforto e bem-estar que seu gato adotado merece. Para mais conteúdos como este, continue explorando o blog Adote Petz

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